quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Como você se sente grávida?

Sentimento maravilhoso, de completude, de poder gerar uma vida, sentir-se especial, amor infinito por alguém que ainda não nasceu, algo grandioso que toma conta da gente. Logo em seguida vem momentos de pânico, insegurança, impotência. Chororô a qualquer hora, assistindo comercial de TV, ataques de fúria, acessos de raiva, alegria, depressão, tudo misturado... é assim mesmo!

Para mim, em todas as gestações o humor instável sempre esteve presente. Como uma mega TPM. Na primeira gestação mesmo, eu não tinha feito teste ainda, estava naquela ansiedade, meses sem menstruar, tudo desregulado. Mas foi minha amiga Karina, médica, que me alertou: faz um beta! esse humor instável aí... não sei não! e foi batata.

Não enjoei nas demais vezes, nadica. Não me sentia de verdade grávida até fazer o ultrassom e confirmar aquele bebezinho ali no meu ventre. Sentir mexer, que delícia, que alegria. Uma emoção que não dá pra dividir ou explicar. Só você mãe, naquele momento exclusivo de intimidade com seu bebê. Uma conexão incrível.

Sono, desejos por comidas estranhas? Cada mulher é de um jeito. Não me lembro de ter tido desejos, mas fome a qualquer hora, a toda hora, sim. O corpo está gestando, sente mais cansaço mas ao mesmo tempo acho que nunca me senti tão disposta. Vontade de organizar armários, fotos, gavetas, deixar tudo pronto para a chegada do baby.

Cada gestação é única e diferente. Não consigo identificar alguma diferença, seja no formato das barrigas (menino x menina), desejos, sono, enjoôs, sempre normal.

Agora, desta vez, estou sentindo uma certa indisposição e enjôos que vão piorando ao longo do dia. Depois do almoço aumenta e assim sucessivamente até ficar pior a noite. Não estou vomitando ou algo assim grave, como algumas mulheres que conheço que até tiveram que ser internadas.

E você, me conte o que sentiu: Quais sintomas foram certeiros para você desconfiar que estava grávida?
Como lidar com enjôos? 


Gratidão por este momento. Até o próximo.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Eu, à espera de meu Rainbow baby

Eu estou esperando um "Rainbow baby". Você sabe o que isso significa?



O termo em inglês significa ter um bebê após uma perda, seja por abortamento, parto, acidente. A perda de um filho é algo difícil de lidar e pouco debatido. 

Eu tenho uma pequena história para contar que me motivou a escrever sobre isso:

Eu estava com as crianças brincando no parquinho, quando uma senhora aproximou-se e me perguntou se os 3 eram meus filhos. Eis que o Ian, que estava ao meu lado, prontamente respondeu:
"- Sim, nós 3 e o bebê que está no céu."

Meu coração se encheu de amor. Este episódio ocorreu meses depois de nossa perda. E por mais que eles nunca tivessem visto o bebê, nem mesmo no exame de ultrassom, já nutriam pelo irmão(ã) um grande sentimento que nunca será apagado. Nosso bebê esteve em meu ventre por apenas algumas semanas, cerca de 10. Ele nunca foi esquecido. Está no céu zelando por nós.
Depois de uma tempestade, vem o arco-íris, trazendo esperança. E  a boa notícia é que esperamos agora nosso "rainbow baby", o bebê da superação, da alegria, da boa nova.


A Lorena reza espontaneamente todo dia, geralmente na hora das refeições, dizendo: "Jesus abençoe este alimento e o bebê da barriga da mamãe, para que ele não morra e vá para o céu, e que nasça saudável".
Amém.


"Um bebê arco-íris é a compreensão de que a beleza do arco-íris não significa a negação da força da tempestade.  Quando um arco-íris aparece não significa que a tempestade não tenha ocorrido ou que a família não esteja lidando com esta superação ainda. Mas significa que algo de belo e cheio de luz apareceu do meio da escuridão e névoa. Podem ainda haver algumas nuvens da tempestade se dissipando, mas o arco-íris nos traz a contrapartida de cores, energia e esperança". (autor desconhecido)

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Como descobri estar grávida

Essa é uma pergunta sobre a qual tenho muita experiência para responder.
A emoção de ver as duas listras aparecerem no teste de farmácia, que faz seu coração pular pela boca, perder o chão e querer gritar é indescritível!

Do meu primeiro filho não experimentei essa sensação, pois descobri que estava grávida através de um exame de sangue, beta hcg. Eis que tinha ido em consulta com minha médica para descobrir porquê não engravidava. A ansiosidade me atrapalhava. Era uma pessoa saudável e jovem e não queria esperar mais. Tinham se passado aproximadamente 8 meses desde meu casamento, quando já não tomava mais pílula e não usava nenhum outro método contraceptivo.
As mudanças bruscas de humor e o atraso menstrual fizeram minha médica sugerir que pudesse ser gravidez. Mas eu nem me empolgava mais, com medo de receber mais um resultado negativo.
Meu ciclo sempre foi longo e desregulado, então não conseguia saber se havia atraso ali ou não.
Ao receber a notícia do positivo (por telefone, ligando ao laboratório) nem eu nem meu esposo aguentávamos de emoção. Falei que estava grávida. E ele ao invés de me abraçar foi correndo ligar para todos os parentes e amigos.
Quando Ian fez 1 aninho engravidei da minha segunda filha: Lorena. Foram apenas 4 meses de tentativas. Descobri o positivo através de exame de farmácia mesmo, e não foi com o primeiro xixi do dia. Foi a tarde, antes da festa de aniversário da minha sogra. Já anunciamos o positivo na festa mesmo, pra todo mundo ouvir (LOUCUUURA). O beta, dias depois confirmou.

Quando a Lorena tinha 1 aninho exatamente, engravidei da Isis. Foram apenas 2 meses de tentativas. Descobri o positivo fazendo teste de farmácia em casa e fiquei tão feliz e apavorada....
Acho que quando eu engravidei da Lô eu era mais jovem, mais doida. Não imaginava ou calculava as consequências... ia com o fluxo da vida... sempre muito empolgada.
Mas ali, eu olhava meus dois bebês: Lorena com 1 ano apenas, começando a dar os primeiros passos, e o Ian 2 anos ainda. Dois bebezinhos que perderiam espaço para o "terceiro elemento".
Olha o tamaninho da Loreninha... eu já grávida de 4 meses nesta época.
Mas logo pensei: vão ter que aprender a dividir. E a gestação foi só alegrias.
Sempre fui saudável, nunca tive nenhum problema de saúde e tudo correu bem.
Sobre as "vias de parto"comentarei num próximo post. Isso sim: loucura total!!!
Nesta foto, estou grávida de 8 meses da minha filha Isis. Lorena tinha 1 ano e 9 meses e o Ian tinha 3.

E este é o trio completo.
Neste ano de 2016 tive a feliz notícia de mais um beta positivo. Foi bem no início do ano. Estávamos de férias em florianópolis e ali mesmo no hotel fiz o teste de farmácia que acusou as duas listras. Detalhe, não havia atraso ainda. Era o 30 dia do ciclo. (Para uma pessoa como eu que tem um ciclo longo de 36 a 40 dias).

Vibrei muito e já contei pro marido a caminho do café da manhã. Pensei em esperar para contar a novidade. Mas não aguentamos e já saímos contando para todos: pais, amigos, facebook. Fiz o beta e confirmou a notícia. Com 6 semanas vi o coração bater. Alegria indescritível. Ver o milagre da vida mais uma vez tomando conta do meu ser era algo maravilhoso. Comecei as consultas pré natais. Tudo certo. Agendei a ecografia para medir a translucência nucal com 11 semanas. Pouco antes tive um pequeno sangramento. Parecia um corrimento marrom. Pouco. Como nunca tive, apavorei. Senti que algo não estava bem. Tive muito medo de perder. E só fiquei deitada por uns dois dias, rezando muito e me culpando, por ter exagerado nos exercícios ou ter feito algo errado. No dia seguinte já marquei uma ecografia de controle, pois não iria esperar até a 11a semana. E quando fiz o exame constatamos que o embrião parara de crescer. Pelo tamanho não tinha mais que 7 semanas. O corpo já começava a dar sinais de abortamento natural. Foi uma dor tão doída... algo horrível. Chorei muito e meu esposo também. Ficamos tão abalados que pensávamos em nem tentar mais. Perder era horrível, muito triste. Inexplicável. Até o médico do exame de imagem me consolou e disse que não teria sido por nada que eu tivesse feito ou deixado de fazer. Era a natureza agindo.
Pelo fato de meu corpo não ter expulsado tudo, aguardei mais uns dias e achamos melhor agendar uma curetagem. Foi muito doloroso ir à maternidade para o procedimento e dar de cara com várias mães ali tendo seus bebês e ouvindo aquele chorinho gostoso nos quartos ao lado. Mas passou.
5 meses depois lá vou eu fazer mais um teste de farmácia e eis que... tcharãn... mais um positivo! Eiiita fertilidade!!! alegria total. Fiz um beta-Hcg quantitativo e deu uma quantidade baixa, mas normal para o período do ciclo, apenas 49. 3 dias depois a médica me pediu que repetisse para ver se estava aumentando. Pois o normal é dobrar a cada 72h nesta fase. E eu, toda confiante, crente que estava tudo mil maravilhas não esperava o pior: beta apenas 32. Fiquei novamente arrasada. É tão interessante como a mente coordena o corpo.
Depois de pegar o exame, um dia depois, minha menstruação já desceu com força total. Nem deu tempo de pensar, de planejar, de tomar alguma coisa, ir pro hospital, sei lá. Não há nada a fazer. Apenas deixar a natureza agir.
Pronto, pensei. Agora vai saber quanto meses, anos... até engravidar? Eu aqui, ficando velha, (heheheh) e vou perder minha fertilidade, minhas chances... pois sempre quis uma família muito numerosa. Mas tudo bem, pensei. Não é a hora. Confio em Deus acima de tudo.
EIS que já no mês seguinte lá vou eu para meu costumeiro teste de farmácia (todo mês eu praticamente fazia um... tipo 3 reais na farmácia catarinense... sei lá, eu tenho prazer neste negócio de ver listras aparecerem,,,,kkkk) e aparecem duas listras beeeem fracas. será que estou  mesmo vendo isso ou não?? ainda era muito inicial, não havia atraso. Só uma esperança, quase remota. Pois só haviam 2 chances no mês do negócio ter acontecido. Sim, lá vou eu pegar o beta: 59. humm bom pensei (melhor que mês passado). Contei para meu filho Ian. Não sei porque, coitado. Não queria criar falsas expectativas. Mas pensei: o que é para ser, será. E mesmo se eu perder, eu não vou mais sofrer sozinha. Vou dividir isso com todo mundo. Esperei 3 dias e repeti. Era para ter dobrado,  pelo menos. Resultado: 208. Opa!!! Pode ser gêmeos? Pensei! Seria alegria em dobro. Sei lá tudo que pensei, só sei que vibrei muito.

Sobre mim e o nascimento do Blog

Olá, eu sou a Janaína. 
Tenho 35 anos. Moro em Jaraguá do Sul, SC. Sou mãe de 3 filhos: hoje com 6, 5 e 3 anos (um menino e duas meninas). E agora estou grávida novamente! Uau! Eu e meu esposo somos um casal aberto à vida e aceitamos com alegria todas as gestações. Aliás, esta é minha 6a gestação, fato que esclarecerei depois. Sou advogada (não atuante), professora universitária do curso de Direito, estudante de doutorado, atleta amadora, esposa, amiga, e acima de tudo: MÃE!
Escorpiana, leal, apaixonada, ciumenta e teimosa. Meu lema: querer é poder.
Acho importante você conhecer um pouco sobre mim. Minhas escolhas e como minha vida mudou após ter filhos.
Este blog é dedicado à minha vida com meus filhos e assuntos relacionados à maternidade. 
Coisas que eu pesquisei muito desde minha primeira gestação e vivi na prática muitas das questões. Quero, assim, contribuir com todas as mamães de primeira viagem (ou não) com informações sobre a vida como ela é. Minha rotina com 3 filhos pequenos. Como conciliar a maternidade com o trabalho? Como emagreci depois do parto? A barriga volta ao normal? Meu peito empedrou,  o que fazer? Não tenho leite. Não tive dilatação. Não vou dar conta! Estou ficando maluca!!! Enfim, esta lista é interminável.
Eu me jogo de cabeça em tudo que faço. Sou intensa e dedicada. E, por isso, desde que engravidei (2009) não parei de estudar tudo sobre gestação, filhos, casamento, e a vida não parou. 
Fiz mestrado, após o nascimento do meu primeiro filho. Mudei de emprego. Tive minha segunda e terceira filhas. Fiz curso de Doula e consultoria em aleitamento materno, pois queria entender a fundo questões pelas quais eu passei para poder ajudar outras mulheres. Entrei para o doutorado em Direito. Mudei de emprego de novo. Comecei a treinar para o triathlon e corridas de rua. Virei blogueira. Vendo coisas nas horas vagas! (vagas?)
Não me conformo com qualquer informação superficial. Como pesquisadora e cientista quero respostas, quero embasamento, saber os porquês. Mas isso não é tudo.
A vida não tem repostas prontas. É preciso vivê-la. Errando e aprendendo, superando desafios vamos melhorando como seres humanos. Por tudo isso quero poder escrever sobre meus desafios diários, minha sexta gestação, vida de mãe, esposa, profissional e eterna estudante.
Traga suas experiências, seus questionamentos. Vamos compartilhar este universo maravilhoso que é a maternidade, suas alegrias, vitórias, frustrações. Viva a vida!